terça-feira, 11 de março de 2008

POLÍTICA - MULHER GANHA ESPAÇO

FOTO NANI GOIS

Deputadas estaduais Bete Pavin e Cida Borgethi.
O voto feminino no Brasil só foi implantado em 1932. Em 1965 passou a vigorar a lei que estabelece cotas de participação da mulher nas eleições. De lá para cá a mulher começou a ser valorizada politicamente e hoje o Legislativo brasileiro conta com 10 senadoras, 46 deputadas federais, 123 estaduais e 6.550 vereadoras.
Os cargos executivos também começaram a apresentar mulheres. Hoje são três governadoras, 416 prefeitas e quatro ministras de estado. Mas elas estão longe de alcançar a representação masculina no poder. A feminista Rose Marie Muraro anunciou durante a Semana da Mulher, em Curitiba, que só daqui a 460 anos é que a mulher terá igualdade com os homens, na representação política.
No Paraná há nomes de expressão na política, mas são muito poucas. Na Assembléia Legislativa são apenas quatro deputadas: Bete Pavin (PMDB), Cida Borgheti (PP), Luciana Rafagnin (PT) e Rosane Ferreira (PV). Duas delas podem deixar seus cargos de deputadas no próximo ano. Ambas pretendem concorrer às eleições municipais em Colombo, Bete Pavin e Araucária, Rosane Ferreira.
A voz forte da mulher paranaense foi ouvida com maior atenção durante a Semana da Mulher, quando uma das sessões legislativas foi presidida e comandada por elas. Num dos discursos femininos, Cida Borgheti destacou: “Muitas de nós sofrem ataques à honra quando ousam acreditar nos caminhos da política. Hoje, há mais mulheres na elite política brasileira, mas ainda há muito a ser feito. A presença da mulher na política é pequena em todos os países e o Brasil não é uma exceção”.
Perda – Se na Assembléia Legislativa são quatro deputadas, na Câmara Federal não houve uma que se elegesse. Aliás, o Estado perdeu terreno com a não eleição de nomes certos como de Dra. Clair e Selma Shons, ambas do PT e que acabaram não conquistando o eleitorado. A primeira deputada do Paraná foi Dra. Clair, que não esmorece. Ela aponta que “a tenacidade é uma marca feminina. Apesar da disputa desigual, a mulher tem tradição na luta pela sobrevivência e é essa garra que vai abrir cada vez mais seus espaços políticos. Clair não perdeu apenas o mandato, mas seu espaço político dentro do PT, seu partido de origem. Tentou a sorte no PMDB e está hoje no PSOL, partido pelo qual pode disputar a eleição à Prefeitura de Curitiba em outubro. (Osni Gomes)

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