quinta-feira, 13 de março de 2008

CULTURA - Por trás da história, há sempre uma grande mulher!

No dia 29 de julho de 1846, nascia Isabel Cristina Leopoldina Augusta Miguela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança e Bourbon, conhecida apenas por “Princesa Isabel”. Ganhou este nome em homenagem à sua avó materna, a Rainha de Nápoles. Filha do Imperador D.Pedro II e de Dona Tereza Cristina, Isabel teve um irmão mais velho que morreu muito cedo, era o Príncipe Dom Afonso, uma irmã que nasceu um ano depois dela, em 1847, a Princesa Leopoldina e ainda mais um irmão que nasceu no ano de 1848, mas faleceu dois anos depois, era o Príncipe Dom Pedro. Isabel então herdou o trono do pai oficialmente em 10 de agosto de 1850, no Paço do Senado.
Quando completou 14 anos em 29 de julho de 1860, Isabel teve que prestar um juramento no qual se comprometia a “manter a religião católica apostólica a romana, observar a Constituição política da nação brasileira e ser obediente às leis e ao imperador.”. Para ocupar um cargo de tanta importância, Princesa Isabel estudou muito, e no dia 15 de outubro de 1864 casou-se com o príncipe francês Luís Gastão de Orléans, o Conde d’Eu. Em 1871 Dom Pedro II fez sua primeira viagem à Europa, deixando a Princesa Isabel como Regente do Império. Neste mesmo ano, foi assinada em 28 de setembro a Lei do Ventre Livre, que deixava livre os filhos de escravos nascidos após aquela data. No dia 30 de junho de 1887, Dom Pedro II viajou novamente para a Europa, quando Princesa Isabel assumiu o trono mais uma vez, e entraria para a história como uma grande mulher devido a um ato de extrema bondade. Os fazendeiros e a elite eram a favor da escravidão, mas Princesa Isabel, com a ajuda do Conselheiro João Alfredo, conseguiu vencer a votação, e em 13 de maio de 1888 assinou a Lei Áurea, que botava fim à escravidão. Antes mesmo de a Lei Áurea ser assinada, contam os historiadores que Isabel financiava cartas de alforria aos escravos com seu próprio dinheiro, e até tinha projetos para indenizar os escravos com recursos do Banco Mauá.
Com a Proclamação da República, a Família Imperial embarcou para o exílio na Europa, teve uma velhice tranqüila ao lado do marido, filhos e netos e faleceu no dia 14 de novembro de 1921 em Paris. Histórias à parte, Princesa Isabel foi uma grande mulher, que contribuiu muito para o Brasil. Tinha pensamentos modernos, a frente da época em que vivia. Fez o bem a tantos escravos e ficou carinhosamente conhecida como a “Princesa das Camélias”. (Letícia Padilha - Jorge Martins)

Nenhum comentário: